PAULO FEIRE

O MESTRE PAULO FREIRE

Paulo Freire

Entre os títulos que recebeu, estão os de Doutor Honoris Causa em Universidades de vários países, como Inglaterra, Bélgica e Estados Unidos.

Recebendo o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Complutense de Madri, em dezembro de 1991. Em baixo, doutoramento na Bélgica.

Recebendo, na Câmara Municipal de São Paulo, o Título Cidadão Paulistano, em 1986.

Com Mário Covas, no recebimento do Prêmio Moinho Santista, em 1995.

Prêmio UNESCO de Educação para a Paz, 1986.

Recebeu prêmios, medalhas, condecorações e títulos em todos os continentes.

Durante boa parte dos anos dos governos militares no Brasil, os seus livros foram proibidos, As suas ideias foram consideradas perigosas e o seu próprio nome foi impedido de ser pronunciado em nossas escolas e universidades. No entanto, ao longo desse mesmo tempo sombrio, e depois dele, poucos brasileiros receberam tantas homenagens e tantos títulos aqui e fora do Brasil. Ao professor Paulo Freire foi concedido o título de Doutor Honoris Causa por quase quarenta universidades do Brasil e de outros países.

De Sul a Norte de nosso país, mais de três centenas de escolas públicas e particulares têm o seu nome.

terça-feira, 30 de abril de 2013

SANTO AGOSTINHO III



O próprio ser humano é responsável pelos seus pecados. Pelo pecado, o homem transgride a lei divina, pois, feito para ater-se mais à alma, prende-se ao corpo e à matéria, caindo na ignorância e invertendo os valores da existência. Então, como tratar da salvação para quem, por livre escolha, opta por afastar-se do ser? Como dito, o afastamento se dá por ignorância, mas Deus, em sua infinita bondade, concede a graça da salvação. O poder de salvar não é do homem, é de Deus. É Ele que salva. A tarefa do homem é abrir-se a Deus. É a graça divina que dirige o ser humano a fazer bom uso do seu libre arbítrio.

Nisso, Agostinho combateu a tese do monge Pelágio, que enfatizava a salvação pelo livre-arbítrio, dando força ao homem. A graça e a liberdade não devem se excluir, mas se completar. Pois são, a segunda, um dom, e a primeira, um privilegio divino. A realidade, contudo, mostra que o dualismo platônico se fez presente mais uma vez em Agostinho, e ele não conseguiu conciliar a Cidade de Deus com a dos homens.

Bem, as reflexões até o momento foram de âmbito geral para se compreender a filosofia cristã de Agostinho. Mas, por que ainda hoje a sua obra, em especial o livro Confissões, se mostra tão atual? Porque narra a experiência humana e seu conflito entre a finitude e a infinitude. 

O que o filho de Mônica pretende é a exposição daquilo que tanto preza o Evangelho: o arrependimento dos pecados e a misericórdia de Deus, que se entrelaçam nas suas teorias de graça e do livre-arbítrio. Confiando nisso, entrega-se a Deus, como o próprio Agostinho cita ao dirigir-se a Ele: “Só na grandeza da Tua misericórdia coloco toda minha esperança. Dai-me o que me ordenas e ordena-me o que quiserdes”.

Mais uma vez se retrata a dualidade em Agostinho, o contraste entre a miséria humana e a grandeza de Deus. Aliás, durante a Idade Média, e mesmo depois, não serão poucas as marcas do agostinismo na Igreja Católica. No fundo, esta sua obra, Confissões, é um incentivo àqueles que se sentem perdidos e confusos.

Nas Confissões, é possível também fazer uma outra leitura. Uma apologia pessoal de Agostinho, já que este tinha de enfrentar-se diretamente com seus inimigos doutrinais, os chamados “hereges”, que sempre lhe lançavam ao rosto sua vida desregrada da mocidade. Em tom de humildade, o Santo consegue vencer os sarcasmos de seus perseguidores, pois entrega a eles sua autobiografia e nisso não há melhor modo de se defender. Pela sua ação, calou os tentavam calunia-lo e assim se justifica: “Não me caluniem os soberbos, porque eu conheço bem o preço da minha redenção”. 


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