PAULO FEIRE

O MESTRE PAULO FREIRE

Paulo Freire

Entre os títulos que recebeu, estão os de Doutor Honoris Causa em Universidades de vários países, como Inglaterra, Bélgica e Estados Unidos.

Recebendo o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Complutense de Madri, em dezembro de 1991. Em baixo, doutoramento na Bélgica.

Recebendo, na Câmara Municipal de São Paulo, o Título Cidadão Paulistano, em 1986.

Com Mário Covas, no recebimento do Prêmio Moinho Santista, em 1995.

Prêmio UNESCO de Educação para a Paz, 1986.

Recebeu prêmios, medalhas, condecorações e títulos em todos os continentes.

Durante boa parte dos anos dos governos militares no Brasil, os seus livros foram proibidos, As suas ideias foram consideradas perigosas e o seu próprio nome foi impedido de ser pronunciado em nossas escolas e universidades. No entanto, ao longo desse mesmo tempo sombrio, e depois dele, poucos brasileiros receberam tantas homenagens e tantos títulos aqui e fora do Brasil. Ao professor Paulo Freire foi concedido o título de Doutor Honoris Causa por quase quarenta universidades do Brasil e de outros países.

De Sul a Norte de nosso país, mais de três centenas de escolas públicas e particulares têm o seu nome.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A Idade da Experiência



Viver a vida é dar o melhor de si sempre, por isso considere-se vencedor, independente do resultado. Se fez todas as tentativas para conseguir sinta-se vitorioso.
Tratar a velhice como o fim de tudo ou o fim de uma existência, é entregar-se as derrotas, aos mitos e preconceitos que não promovem a vida. O envelhecimento é uma trajetória que percorremos durante a nossa existência aqui na terra. É o olhar para traz, não para lembrar os momentos bons ou ruins e tão pouco para se arrepender do que fez ou deixou de fazer. Mas sim, é um olhar para traz orgulhoso de continuar a primeira vitória que nos foi concebida, que é a vida.

Devemos ter a consciência de que há uma condição para se viver, e essa condição nos foi dada por Deus, que assim se define: “A de existir e sofrer as mudanças com o tempo”. Mas, a nossa grande vitória sobre essa condição é saber aproveitar com sabedoria, cada instante e cada momento, que nos é proporcionado. Pe. Ivo Storniolo nos diz: “E aqui está a grande descoberta: nossa vida encarnada tem limites, tem molduras. Ela não é apenas o leque que um dia se abriu em possibilidades inesgotáveis; é também o leque de possibilidades que um dia fechará de forma inexorável.”
É certo e é verdade também, que a chegada da velhice traz algumas preocupações, pois o próprio organismo em si, já não responde com tanta força e energia algumas necessidades que o idoso precisa. Por isso, talvez ele necessite de alguma ajuda; mas não de ser taxado como inútil e improdutivo, ao ponto de ser esquecido, abandonado nos asilos da vida que existem por ai, pelos próprios filhos e parentes.

O que na realidade está faltando é a compreensão e a falta de oportunidades no meio social, que na maioria das vezes lhes são negados. O da questão da velhice, portanto, é ter ou não ter uma vida resolvida, índice de bom senso e, muito provavelmente, de sabedoria. O mais importante de tudo isso é saber que a pessoa idosa tem direitos, e direitos adquiridos que está no próprio estatuto do idoso; como o artigo 3º que rege: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação e o direito à vida, a saúde, a alimentação, a educação, a cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, a cidadania, a liberdade, a dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária”. E o artigo 4º reforça ainda mais e assegura que: “Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma de lei”. Também é assegurado ao idoso no artigo 26º o direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.

Somos, portanto, obrigados a observar com carinho e respeitar principalmente esses artigos que dignificam a vida do idoso. Só que na prática a situação é bem diferente, quando esses direitos são desrespeitados e ninguém é punido por não os cumpri-los, e mais uma vez a pessoa idosa é negada de seus direitos principalmente em alguns órgãos públicos, que deveriam dar o exemplo e respeitar o idoso a exercer sua cidadania. O que muitas vezes prejudica o andamento do reconhecimento do idoso são exatamente alguns tabus e preconceitos em torno da problemática do envelhecimento.

Existem mitos que são impostos por algumas pessoas sobre a velhice como o fim de tudo, que em nada tem de verdade. A exemplo disso é que a inteligência não diminui com idade, haja vista produção intelectual, artística, empresarial, social e religiosa de pessoas acima de 60, 70 e 80 anos ou mais de idade. Como também afirmar que o idoso não tem capacidade de aprender, se fosse assim as universidades da terceira idade não estariam repletas de alunos. Afirmar que o idoso perde a capacidade sexual, também não é verdade. O que costuma ocorrer é a redução da freqüência das relações sexuais, e, por falta de informações, algumas mulheres, após a menor pausa, não querem mais ter relações, por que acreditam ter perdido a capacidade produtiva.

O idoso só pode conviver com o idoso? Não é verdade, essa é uma concepção errônea. Na verdade ele tem que conviver com outras faixas etárias, dar e receber experiências, afeto, emoções, num processo de relação com pessoas de outras gerações. Velhice também não é doença, nem tão pouco é sinônimo de morte. As doenças podem acontecer e atingir pessoas de todas as idades, não são realidades exclusivas dos idosos, pois há muitos idosos sadios física e mentalmente. Com relação à morte, muitos se esquecem que na sociedade atual, todos estamos arriscados a morrer a qualquer momento, em razão de doenças contagiosas, acidentes de transito, falta de segurança etc...

Pensar que o idoso não tem futuro é uma inverdade, pois ele não deve morrer socialmente, mas se preparar para viver a aposentadoria, ele terá muito tempo livre para fazer e realizar novos projetos, assim também pensar que o aposentado é mantido pelo governo não é verdade, ele contribuiu trinta anos ou mais para previdência social e está apenas obtendo um retorno que lhe é de direito.


O APOSENTADO NÃO É UM FOLGADO E APOSENTADORIA NÃO É DÁDIVA, MAS JUSTIÇA.

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