Nos tempos da revolução industrial, os donos dos negócios acreditavam que
somente as pessoas da nobreza ou de grande poder é que podiam ser
administradores. Acreditavam ainda que a pratica, mesmo sem o necessário embasamento
teórico, era suficiente para tocar o negócio. Assim nasceu a administração
científica, cujo o pai foi Taylor. Muitos anos se passaram até que os donos de negócios
começaram a perceber que sem uma teoria não iriam longe, principalmente porque
o consumo aumentava e a produção era pouca, o que exigia grandes mudanças no
quesito quantidade. Hoje, sem o conhecimento, nada se produz. E quanto vale o
que eu sei?
Uma amiga comentou que uma funcionária que sabia administrar determinado
setor da empresa em que trabalha foi embora e levou consigo a “memória” daquilo
que fazia. Ficaram os manuais, mas ninguém sabe interpreta-los, quanto mais
tocar o negócio para frente. Aqui há um erro enorme que acontece até hoje nas
empresas, por não treinar novos funcionários, substituir os antigos e
promove-los a postos diferentes. Quando um não vem, a empresa pára.
Quanto está valendo o que você sabe? Já parou para pensar sobre esse
assunto? Se for para quebrar uma empresa, o elemento-chave, saindo da mesma,
vale ouro. Se for para uma promoção e esse que for promovido não souber ensinar
outro em sua função ou se empresa não tem um treinamento para essa
substituição, nada vale, porque não soube ensinar outro.
Realmente as pessoas tem valor pelo que sabem ensinar. Se um ofício tiver
poucos que o saibam fazer, em pouco tempo ele desaparece. É como uma língua de
uma tribo indígena. Se os filhos não aprendem, ela morre.
Quanto vale o que eu sei? Se for para uma empresa igual a minha, mas de
menor atuação, posso valer bastante, desde que o que eu sei possa alavancar
novas vendas à nova empresa e que, com essas vendas, ela supere a empresa
rival. O meu conhecimento gera dividendos. Ficar com a mesma posição, o mesmo
valor em vendas e ainda ter de bancar um novo funcionário é um gol contra.
O que eu sei vale muito se for corretamente aplicado na função certa. Muitas
vezes as empresas, para diminuírem custos, contratam ou remanejam pessoas sem a
qualificação, sem o conhecimento e sem as condições mínimas necessárias,
achando que com isso vão continuar produzindo com menos custos. Logo o
economizado vira a canoa e todos se afogam nas dividas.
Analise corretamente o conhecimento que seus funcionários detém e dê
valor a eles. Motive-os e vera que esses conhecimentos geram dividendos e que
sua empresa ocupará melhores condições no mercado em atua. Como fazer isso? Gestão
de pessoas através de uma excelente administração de recursos humanos. Sua empresa
é pequena? Mesmo assim, coloque as pessoas certas no lugares certos e pague,
pelo menos, acima da média, desde que essa média tenha um desvio padrão pequeno.
Se for alto, as extremidades terão grande distância e o rendimento será
prejudicado.
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Gerir pessoas (gerir
empresas) é a competência do século XXI. Quem o sabe fazer tem a faca e o queijo nas mãos. E agora,
você sabe quanto vale?
Autor: Oscar Schild é vendedor por natureza. Cursando tecnologia do empreendimento,
é gerente regional de vendas da Ferragens Negrão no Rio Grande do Sul.
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