PAULO FEIRE

O MESTRE PAULO FREIRE

Paulo Freire

Entre os títulos que recebeu, estão os de Doutor Honoris Causa em Universidades de vários países, como Inglaterra, Bélgica e Estados Unidos.

Recebendo o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Complutense de Madri, em dezembro de 1991. Em baixo, doutoramento na Bélgica.

Recebendo, na Câmara Municipal de São Paulo, o Título Cidadão Paulistano, em 1986.

Com Mário Covas, no recebimento do Prêmio Moinho Santista, em 1995.

Prêmio UNESCO de Educação para a Paz, 1986.

Recebeu prêmios, medalhas, condecorações e títulos em todos os continentes.

Durante boa parte dos anos dos governos militares no Brasil, os seus livros foram proibidos, As suas ideias foram consideradas perigosas e o seu próprio nome foi impedido de ser pronunciado em nossas escolas e universidades. No entanto, ao longo desse mesmo tempo sombrio, e depois dele, poucos brasileiros receberam tantas homenagens e tantos títulos aqui e fora do Brasil. Ao professor Paulo Freire foi concedido o título de Doutor Honoris Causa por quase quarenta universidades do Brasil e de outros países.

De Sul a Norte de nosso país, mais de três centenas de escolas públicas e particulares têm o seu nome.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

As Imagens



Vivemos no século das imagens. Os meios de comunicação social nos acostumaram a ler intuitivamente a linguagem da imagem, agora eletrônica. Isso afeta de modo muito curioso a pedagogia da educação e os métodos da catequese.

A cruz, a imagem da Virgem e dos Santos, painéis e os vitrais transmitem-nos uma linguagem de fé que assimilamos instintivamente e sobre a qual vale a pena refletir.

Imagens: sim ou não? Ao longo da história, juntamente com o apreço em que foram tidas as imagens sagradas, nota-se uma grande suspeita e até certo tom de medo e de rechaço em relação a elas.

Basta recordar a proibição dos livros do Antigo Testamento: “Não terás outros deuses diante de mim”. A proibição de imagens para Israel tem, pois, um claro sentido de defesa contra a idolatria e de respeito diante da transcendência absoluta de Deus.

Já em nossa era , os séculos VII E IX foram cenário de uma violenta luta entre os defensores das imagens sagradas e seus opositores , os iconoclastas.  

A luta se decantou finalmente – depois de ásperas disputas – a favor das imagens. O segundo Concilio de Nicéia (ano 787) defendeu assim sua legitimidade. “A honra da imagem dirige-se ao original”. E o quarto Concílio de Constantinopla (869) voltou a justificar, contra Fócio, o papel das imagens. “A sagrada imagem de Nosso Senhor seja adorada com honra igual a do livro dos Sagrados Evangelhos”. Vê-se , pois, na imagem sagrada – no ícone, sobretudo do Senhor – uma realidade que se reporta continuamente ao “original”.

No século XVI, foram os reformadores protestantes que novamente mostraram um rechaço absoluto de toda imagem no culto cristão. Dessa vez, a resposta foi dada pelo Concilio de Trento, motivando e matizando, por sua vez, esse culto tão antigo da Igreja.

A Igreja fez, pois, uma clara opção pela presença de imagens sagradas em seus lugares de culto. O cristianismo preferiu seguir o caminho da cultura grega, que privilegia a linguagem  da vista: certamente com uma síntese  que assimila a força tanto da palavra como da imagem visual. É uma síntese que havia encarnado em si mesmo Jesus Cristo, que é a palavra de Deus, porem, por sua vez, “imagem visível do Deus invisível”(Cl 1,15;2Cor 4,4). Os cristãos romperam muito rapidamente com a proibição judaica de imagens.

A Igreja apostou no elemento visual, além de valorizar também decididamente a importância que tem para todos a audição da Palavra. Todos com igual finalidade: que a imagem nos conduza mais pedagogicamente ao Mistério que celebramos e a própria Pessoa que representa.

A imagem sagrada tem uma linguagem própria, visual e simbólica, que ajudou nossa celebração. De alguma forma, a imagem cria proximidade, é mediadora de uma presença, leva-nos a uma comunhão. Foi dito que a imagem é a oração feito arte, ou quadro, ou estatua. Não porque  ela contenha essas atitudes , mas porque nos introduz nessa dinâmica dialogal. A imagem não é um elemento isolado: une-se a Palavra proclamada, a oração, a ação sacramental, a linguagem do canto e a musica. Imagem e palavra não se excluem, mas completam-se e se interpretam mutuamente. A finalidade mais profunda da imagem é a fé da comunidade.

Todavia lembram-se também algumas orientações a sensibilidade atual da Igreja: que não seja excessivo o número dessas imagens sagradas na Igreja; figura de santos em demasia podem distrair do ponto central, que continua sendo a celebração comunitária, com uma imagem central de Cristo, uma da Virgem Maria e outra do Santo mais representativo.

Que não haja na Igreja mais de uma imagem do mesmo Santo, não se diz expressamente nada das que possa haver de Cristo e da Virgem Maria. Estejam na devida ordem uma vez que tem como finalidade conduzir a uma reta e profunda celebração do mistério cristão, deve respeitar a centralidade absoluta de Cristo.

Já Pio XII em sua Mediator Dei, indicava o critério de buscar um “equilibrado meio termo entre um realismo servil e um exagerado simbolismo”. 

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