PAULO FEIRE

O MESTRE PAULO FREIRE

Paulo Freire

Entre os títulos que recebeu, estão os de Doutor Honoris Causa em Universidades de vários países, como Inglaterra, Bélgica e Estados Unidos.

Recebendo o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Complutense de Madri, em dezembro de 1991. Em baixo, doutoramento na Bélgica.

Recebendo, na Câmara Municipal de São Paulo, o Título Cidadão Paulistano, em 1986.

Com Mário Covas, no recebimento do Prêmio Moinho Santista, em 1995.

Prêmio UNESCO de Educação para a Paz, 1986.

Recebeu prêmios, medalhas, condecorações e títulos em todos os continentes.

Durante boa parte dos anos dos governos militares no Brasil, os seus livros foram proibidos, As suas ideias foram consideradas perigosas e o seu próprio nome foi impedido de ser pronunciado em nossas escolas e universidades. No entanto, ao longo desse mesmo tempo sombrio, e depois dele, poucos brasileiros receberam tantas homenagens e tantos títulos aqui e fora do Brasil. Ao professor Paulo Freire foi concedido o título de Doutor Honoris Causa por quase quarenta universidades do Brasil e de outros países.

De Sul a Norte de nosso país, mais de três centenas de escolas públicas e particulares têm o seu nome.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O observador, a verdade e a vida









Extraído do livro (no prelo) ‘O Observador, a Verdade e a Vida’: uma Visão Transpessoal da Psicologia no Advaita Vedānta


Teve um momento em nossa existência em que adquirimos a capacidade de perceber a noção de que temos uma individualidade, que passamos a sentir que ‘eu sou eu’ e ‘o outro é o outro’. A partir desse momento de separação, devido a uma Suprema Força Universal Atrativa, surgiu a necessidade de reaproximação, de falar com o outro, interagir, de discutir como estamos nos sentindo. A mesma capacidade mental que nos individualiza é a que imagina a existência de um passado ou de um futuro. Nossa mente vasculha o passado e o percebe glorioso ou nefasto e projeta um futuro, igualmente otimista ou pessimista.

Buscamos incessantemente ser felizes e a tradição oriental nos diz que nosso estado real é de absoluta felicidade, mas testemunhamos tantas injustiças à nossa volta que achamos que a perfeição não existe e que a verdade das coisas é inalcançável. Vivemos num tempo em que pedir sinceridade é pedir muito: não acreditamos em nada nem ninguém, não temos fé e duvidamos de tudo. Almejamos pureza sem compreendê-la nem sequer saber verdadeiramente o que essa palavra representa.

Por que queremos mudar o mundo? Sonhamos com um mundo melhor e mais verdadeiro simplesmente porque não podemos separar o mundo e a nossa existência. Aquela nossa percepção de separatividade não é uma verdade, em absoluto. Por isso o homem, que na verdade não é separado de nada, sempre buscou soluções materiais (e externas a si mesmo) ou transcendentais (internas em sua psique) para melhorar tanto o mundo quanto a si mesmo, em busca daquele estado de felicidade.

Alguns querem educar as pessoas, dar-lhes uma base ética e moral de como portar-se em sociedade e de como governar e promover a justiça e a felicidade da mesma. Já outros querem corrigir a si mesmos e descobrir se o que percebem como injustiças e infâmias, corrupção e ódio, roubo e destruição, nos atos e pensamentos do plano das aparências, têm uma realidade implícita mais profunda ou não. Para isso, tem-se que limpar a mente de todas as idéias pré-concebidas para poder se perceber o que verdadeiramente está acontecendo.

Vivemos em múltiplas dimensões, todas ao mesmo tempo, e todas elas têm a sua própria realidade, de forma que não existem saídas “celestiais” para os obstáculos terrenos à nossa percepção da felicidade, mas toda solução tem que ser encontrada no seu próprio espaço-tempo, no aqui-e-agora do presente, e não fugindo, escapando para outras dimensões da existência.

Até a próxima!

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