PAULO FEIRE

O MESTRE PAULO FREIRE

Paulo Freire

Entre os títulos que recebeu, estão os de Doutor Honoris Causa em Universidades de vários países, como Inglaterra, Bélgica e Estados Unidos.

Recebendo o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Complutense de Madri, em dezembro de 1991. Em baixo, doutoramento na Bélgica.

Recebendo, na Câmara Municipal de São Paulo, o Título Cidadão Paulistano, em 1986.

Com Mário Covas, no recebimento do Prêmio Moinho Santista, em 1995.

Prêmio UNESCO de Educação para a Paz, 1986.

Recebeu prêmios, medalhas, condecorações e títulos em todos os continentes.

Durante boa parte dos anos dos governos militares no Brasil, os seus livros foram proibidos, As suas ideias foram consideradas perigosas e o seu próprio nome foi impedido de ser pronunciado em nossas escolas e universidades. No entanto, ao longo desse mesmo tempo sombrio, e depois dele, poucos brasileiros receberam tantas homenagens e tantos títulos aqui e fora do Brasil. Ao professor Paulo Freire foi concedido o título de Doutor Honoris Causa por quase quarenta universidades do Brasil e de outros países.

De Sul a Norte de nosso país, mais de três centenas de escolas públicas e particulares têm o seu nome.

domingo, 31 de março de 2013

A ressurreição de Jesus




Jo 20, 1 a 9

No primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Ela saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus mais amava. Disse-lhes: «Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram».
Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Simão Pedro, que vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele observou as faixas de linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de Jesus: este pano não estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. 
Sepulcro vazio
Os discípulos começaram a se dar conta da ressurreição do Senhor, ao se depararem com o sepulcro vazio. Maria Madalena, alarmada, pensou que o corpo de Jesus tivesse sido retirado, à surdina, e colocado num outro lugar. Pedro, tendo acorrido para se inteirar dos fatos, apenas constatou onde estavam o lençol e os demais panos com que Jesus havia sido envolvido. O discípulo amado, este sim, começou a perceber que algo de muito extraordinário havia acontecido. Por isso, foi capaz de passar da constatação do sepulcro vazio à fé: "Ele viu e acreditou".
O sepulcro vazio, por si só, não podia servir de prova para a ressurreição do Senhor. Seria sempre possível acusar os cristãos de fraude. Poderiam ter dado sumiço ao cadáver de Jesus, e sair dizendo que ele ressuscitara. Era preciso ir além e descobrir, de fato, onde estava o corpo do Mestre.
O discípulo amado, de imediato, cultivou a esperança de encontrar-se com o Senhor. Sua fé consistiu na certeza de que o Mestre estava vivo, não no sepulcro, porque ali não era o seu lugar. Senhor da vida, não poderia ter sido derrotado pela morte. Filho amado do Pai, as forças do mal não poderiam prevalecer sobre ele. Embora sem ter chegado ao pleno conhecimento do fato, a fé na ressurreição despontava no coração do discípulo amado.


A ressurreição dos mortos e a espera do Dia do Senhor



                                                1 Tess. 4, 13 – 18

Não queremos irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança. Se, com efeito, nos cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também, aqueles que morreram, Deus, por causa deste Jesus, com Jesus os reunirá. Eis o que dizemos, segundo uma palavra do Senhor: nós os vivos, que houvemos ficado até a vinda do Senhor, não precederemos de modo nenhum os que morreram. Porque o Senhor em pessoa, ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao toque da trombeta de Deus, descerá do céu: então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; em seguida nós, os vivos que tivermos ficado, seremos arrebatados com ele sobre as nuvens, ao encontro do senhor, nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, confortai-vos uns aos outros com este ensinamento.
Firmar o coração irrepreensível dos crentes resulta da fé e do amor. Isso produz a esperança da vinda do nosso amado Senhor, em quem cremos e a quem amamos. Por isso, novamente vemos que a fé, o amor e a esperança são os fatores implícitos na construção desta epístola. Interiormente o nosso coração tem de ser firmado em santidade; exteriormente, o nosso corpo tem de ser preservado em santificação. O apóstolo Paulo quando escreveu esta carta aos Tessalonicenses estava fervoroso em sua fé a Cristo, e corria contra o tempo para conversão dos gentios, pois acreditava que a vinda do Senhor estava próxima e a entrega ao cristianismo era o caminho para salvação.
Depois de tantos anos ainda hoje se faz necessário evangelizar e anunciar a Cristo para aqueles que ainda mantem o coração fechado. Hoje mais do que nunca sinto que as pessoas estão se afastando cada vez mais de Deus, e o primeiro sinal de tal afastamento é o comportamento dos jovens, sem rumo, sem direção.
E então eu me pergunto: onde está a família? Por que os pais de hoje não conseguem educar os filhos para os verdadeiros valores morais, o respeito, a humildade, a solidariedade, a responsabilidade e o caráter? Pois os valores que estamos construindo hoje na sociedade são muito perigosos, eu compararia com um barril de pólvora, a qualquer momento essa sociedade explode e pode levar muita gente junto.
A responsabilidade também é nossa e dos nossos governantes. Como estamos cuidando dos nossos jovens? O que estamos fazendo para ajuda-los a sair dessa mídia televisiva, das internet da vida, das drogas e do abandono? Fica então a nossa reflexão de hoje!
Até a próxima!

sábado, 30 de março de 2013

A mensagem recebida no túmulo



                                                      Lc 24, 1 – 12

Durante o sábado, observaram o repouso segundo o preceito, mas no primeiro dia da semana, de manhã muito cedo, elas vieram ao túmulo, trazendo os perfumes que tinham preparado. Elas acharam a pedra rolada diante do túmulo. Entretanto, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Ora, enquanto elas estavam perplexa com isso, eis que dois homens se lhes apresentaram com roupas resplandecentes. Tomadas de medo, elas baixaram o rosto para o chão, quando eles lhes disseram: “Por que procurais o vivente entre os mortos? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como Ele vos falou quando ainda estava na Galiléia; Ele dizia: ‘É preciso que o Filho do Homem seja entregue nas mãos dos homens pecadores, seja crucificado e, no terceiro dia, ressuscitado’”. Então elas se lembraram das suas palavras; voltaram do túmulo e relataram tudo isso aos Onzes e a todos os outros.
Eram Maria de Mágdala, Joana e Maria de Tiago; as outras companheiras delas o diziam também aos apóstolos. Aos olhos destes, essas palavras parecem um delírio e eles não acreditavam nessas mulheres. Pedro, no entanto, partiu, e correu ao túmulo; inclinando-se, não viu se não faixas e foi-se embora para casa, muito surpreso com o que havia acontecido.
A ressurreição do Salvador-Escravo é prova de que Deus está satisfeito com o que Ele realizou por meio de Sua morte (Rm 4,25 “O qual foi entregue por causa das nossas ofensas e ressuscitou para nossa justificação”). É também confirmação da eficácia da Sua morte redentora e transformadora de vida e o poder pelo qual podemos ser libertados do pecado. Mas, toda essa reflexão só se realiza em nossa vida a partir da fé e do credo, se eu não creio na ressurreição de Cristo, como posso ressuscitar com Ele?
Que Deus nos abençoe a todos.
Até a próxima!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Jesus é preso, flagelado e morto


                                                    Jo 18,1-40. 19-42


Naquele tempo,
1- Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2- Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3- Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4- Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse: A quem procurais? 5- Responderam: A Jesus, o nazareno. Ele disse: Sou eu. Judas, o traidor, estava junto com eles. 6- Quando Jesus disse "sou eu", eles recuaram e caíram por terra. 7- De novo lhes perguntou: A quem procurais? Eles responderam: A Jesus, o nazareno. 8- Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem. 9- Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: "Não perdi nenhum daqueles que me confiaste".10- Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11- Então Jesus disse a Pedro: Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?"12- Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13- Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. 14- Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: "É preferível que um só morra pelo povo". 15- Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote.16- Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17- A criada que guardava a porta disse a Pedro: Não pertences também tu aos discípulos desse homem? Ele respondeu: Não. 18- Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19- Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20- Jesus lhe respondeu: Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas.21- Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse. 22- Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote? 23- Respondeu-lhe Jesus: Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates? 24- Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o sumo sacerdote.Não és tu também um dos discípulos dele? Pedro negou: "Não!"25- Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe: Não és tu, também, um dos discípulos dele? Pedro negou: Não!26- Então um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: Será que não te vi no jardim com ele? 27- Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou.28- De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29- Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse: Que acusação apresentais contra este homem? 30- Eles responderam: Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti! 31- Pilatos disse: Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei. Os judeus lhe responderam: Nós não podemos condenar ninguém à morte. 32- Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33- Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: Tu és o rei dos judeus?34- Jesus respondeu: Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim? 35- Pilatos falou: Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste? 36- Jesus respondeu: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui. 37- Pilatos disse a Jesus: Então tu és rei? Jesus respondeu: Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz. 38- Pilatos disse a Jesus: O que é a verdade? Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus e disse-lhes: Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39- Mas existe entre vós um costume, que pela páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos judeus? 40- Então, começaram a gritar de novo: Este não, mas Barrabás! Barrabás era um bandido.,19-1Então Pilatos mandou flagelar Jesus. 2-  Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3- aproximavam-se dele e diziam: Viva o rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas. 4- Pilatos saiu de novo e disse aos judeus: Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum. 5- Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: Eis o homem! 6- Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar: Crucifica-o! Crucifica-o! Pilatos respondeu: Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum. 7- Os judeus responderam: Nós temos uma lei, e, segundo esta lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus. 8- Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9- Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: De onde és tu? Jesus ficou calado. 10- Então Pilatos disse: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? 11- Jesus respondeu: Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.12- Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam: Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César. 13- Ouvindo estas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado "Pavimento", em hebraico "Gábata". 14- Era o dia da preparação da páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: Eis o vosso rei! 15- Eles, porém, gritavam: Fora! Fora! Crucifica-o! Pilatos disse: Hei de crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes responderam: Não temos outro rei senão César. 16- Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram.17- Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado "Calvário", em hebraico "Gólgota". 18- Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19- Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: "Jesus, o nazareno, o rei dos judeus". 20- Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21- Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Não escrevas "o rei dos judeus", mas sim o que ele disse: "Eu sou o rei dos judeus". 22- Pilatos respondeu: O que escrevi, está escrito.23- Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo. 24- Disseram então entre si: Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será. Assim se cumpria a escritura que diz: "Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica". Assim procederam os soldados.
25- Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena.26- Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: Mulher, este é o teu filho. 27- Depois disse ao discípulo: Esta é a tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.28- Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a escritura se cumprisse até o fim, disse: Tenho sede. 29- Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30- Ele tomou o vinagre e disse: Tudo está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.31- Era o dia da preparação para a páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32-Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33- Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34- mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35- Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36- Isso aconteceu para que se cumprisse a escritura, que diz: "Não quebrarão nenhum dos seus ossos". 37- E outra escritura ainda diz: "Olharão para aquele que transpassaram".38- Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus - mas às escondidas, por medo dos judeus - pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39- Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40- Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. 41- No lugar onde Jesus, foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42- Por causa da preparação da páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.

Hoje Sexta feira da "Paixão de Cristo", momento de recolhimento e oração, a palavra do Senhor em toda sua extensão nos faz refletir os últimos instantes que Jesus esteve conosco na terra. Sempre pensei Nele como o Filho de Deus, mas a minha maior admiração por Jesus foi a sua humanidade, o ser homem, o "Verbo que se tornou carne", a sua coragem de enfrentar os poderosos e não recuar em nenhum momento seu objetivo. Pois eu sei, que Ele sentiu todas as dores da carne que nós simples mortais sentimos e provou da ira e do ódio dos que o torturavam, mas Ele deu a volta por cima e em toda sua glória venceu a morte e perdoou cada homem, cada mulher do mais profundo do seu coração. 
Meus queridos irmãos, que a paz de Cristo esteja com vocês!
Até a próxima !  

O Mestre que serve



Jo 13, 1-15

Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim. Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a ideia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus. Levantou-se da ceia, tirou as vestes de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou: - Vai lavar os meus pés, Senhor? Jesus respondeu: - Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender! - O senhor nunca lavará os meus pés! - disse Pedro.- Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! - respondeu Jesus. - Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! - pediu Simão Pedro. Aí Jesus disse: - Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um. Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: "Todos menos um." Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou: - Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz.
Deus, como filho de Deus, veio por meio de sua encarnação para introduzir Deus no homem, afim de ser a vida deste com vistas à produção da Igreja. As veste de cima aqui representam as virtudes e atributos do Senhor em sua expressão. Por isso, tirar as vestes de cima representa despir-se do que Ele é em sua Santidade.
Cingir-se significa ser amarrado e restrito pela humildade (cf. Pe 5:5). A água representa o Espírito Santo (Tt 3:5), a Palavra (Ef 5:26 ; Jo 15:3) e a Vida. Tudo que a palavra nos ensinou hoje em sua mais profunda inspiração é a “humildade”. Jesus o Filho de Deus se fez o mais humilde de todos para servir, Ele mesmo disse: “O Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate pela humanidade” (Mt 20:28). Quantos de nós nos achamos o maioral, o todo poderoso, acima de tudo e de todos e não nos lembramos de que o maior de todos os homens aqui na terra se tornou o mais humilde para nos ensinar o verdadeiro amor. Jesus também falou: “Se alguém quer ser grande entre vós, seja vosso servo, e se alguém quer ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo” (Mt 20, 26 – 27).
Queridos irmãos, deixo-vos com esta reflexão neste período da Semana Santa e também desejo uma Feliz Páscoa a todos.
Até a próxima !

quarta-feira, 27 de março de 2013

QUEM É MINHA FAMÍLIA

                                                              Mt 12, 46 – 50


Ainda falava às multidões, e eis que a sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe. Alguém lhe disse: “Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora, procurando falar contigo”.  Àquele que lhe falou, Jesus respondeu: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” Mostrando com a mão seus discípulos, disse: “Eis minha mãe e eis meus irmãos”. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã, minha mãe.
Isso indica que o Rei celestial abandonou o seu relacionamento com os judeus na esfera da carne. Lembram quando o Apóstolo Paulo fala em sua Carta aos Romanos, ele diz que Deus não rejeitou Israel, Deus não rejeitou seu povo, mas o coração dos israelitas estava endurecido quando rejeitaram Deus. A rejeição a Cristo por parte dos judeus atingiu o ponto máximo, Cristo tanto fez, tanto se esforçou para abrir os olhos do povo judeu, ajudou-os de várias  maneiras e mesmo assim não conseguiu atingir o coração deles. Após o rompimento com os judeus, Cristo voltou-Se para os gentios. Daí em diante, o Seu relacionamento com seus seguidores não foi mais na esfera da carne, e, sim, no Espírito. Quem quer que faça a vontade de Seu Pai é um irmão que O ajuda, uma irmã que O compreende e uma mãe que O ama ternamente.  
Jesus se entregou de corpo e alma ao seu povo, acolheu-os como um grande pai acolhe seus filhos e no entanto foi incompreendido por eles. Quantos de nós também nos esforçamos por nossos familiares, quantos pais deram suas vidas pelos filhos e foram também incompreendido por eles, mas também, quantos pais não souberam educar, dar amor e carinho a seus filhos.
As crises familiares são o pano de fundo das questões de aprendizagem dos educandos. Dependendo do ambiente familiar em que vive, a maioria das crianças mostra sua revolta, indignação e até mesmo rancor com seus familiares e a própria sociedade. Um dos caminhos para educação dos filhos é realmente o equilíbrio, isto é, o meio-termo justo e coerente, no momento em que os limites estão sendo discutidos entre os pais e os filhos. Desde a mais tenra idade, a criança necessita ter noções do que é certo e o que é errado.
Vou lhes conta uma história real que aconteceu com uma família, claro que aqui os nomes serão fictícios, mas vou mostrar-lhe que uma má educação dos pais pode trazer grandes consequências para os filhos. A desestruturação familiar e o relacionamento do pai com a mãe, causou grandes sequelas nos filhos a ponto de se gerar uma crise de transtorno, depressão , violência, alcoolismo e outras coisas mais. Na próxima edição eu começarei contando essa história. Que Deus os abençoe!
Até a próxima!


terça-feira, 26 de março de 2013

A FÉ DA CANANÉIA


                                               Mt  15, 21 – 28


Partindo dali, Jesus retirou-se para região de Tiro e Sídon. E eis que uma cananéia veio de lá e se pôs a gritar: “Tem piedade de mim, Senhor, filho de David! A minha filha é cruelmente atormentada por um demônio”. Jesus, porém, não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos , aproximando-se, fizeram-lhe este pedido: “Despede-a, porque ela nos persegue com seus gritos”. Jesus respondeu: “Fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel”. Mas a mulher veio prostrar-se diante dele: “Senhor, disse ela, vem em meu socorro!” Ele respondeu: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para atirá-lo aos cachorrinhos”. “É verdade, Senhor! Disse ela; mas os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos”. Então Jesus lhe respondeu: “Mulher, grande é tua fé! Suceda-te conforme queres!” E sua filha ficou curada desde aquela hora.
É muito linda essa passagem do Livro de Mateus, muitas pessoas não compreendem a atitude de Jesus para com a mulher. Por que “ELE” falou assim com ela? Vejam bem, vamos entender a contextualização da época, o titulo Senhor implica a divindade de Cristo, e o titulo Filho de Davi, a Sua humanidade. Essa mulher, uma gentia, podia dirigir-se a Cristo como “Senhor”. Contudo, não tinha o direito de chama-lo “Filho de Davi”; somente os filhos de Israel tinham o privilégio de faze-lo. Percebendo isso a mulher da segunda vez chama Jesus de Senhor e não mais Filho de Davi.
O mistério do Rei celestial em todas as Suas visitas criou oportunidades para que Ele Se revelasse cada vez mais. Jesus já se revelou como médico, noivo, pano novo, vinho novo, pastor, templo maior, Aquele que é maior que Jonas, maior que Salomão e agora se revela como “O pão dos filhos”.  Ao responder: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para atirá-lo aos cachorrinhos”. Isso indica que, aos olhos do Senhor, todos os pagãos são cães e imundos aos olhos de Deus. Mas veja a sabedoria desta mulher, ela não se ofende com a palavra do Senhor, só que naquela hora, ela percebia que Cristo havia sido rejeitado pelos filhos, ou seja, os judeus da casa de Israel, e se tornou as migalhas debaixo da mesa, porção a que ela, como gentia, teria direito.
A terra Santa de Israel era a mesa sobre a qual Cristo é o pão celestial, mas os judeus o lançaram da mesa ao chão, a terra dos gentios, onde Ele se tornou migalhas como porção para os gentios. Que mensagem nós tiramos hoje para nossa vida? Jesus hoje está ao alcance de todos nós, diferente daquela época onde Ele primeiro cuidaria dos Judeus e depois dos gentios. Vamos ser ousados e corajosos como a mulher cananéia e dizer: “Senhor eu preciso de tua ajuda”. Protege-me contra a violência, a calunia, a miséria, a fome, a inveja, o ódio ... Que a Palavra do Senhor conforte seu coração, amém!
Até a próxima!

segunda-feira, 25 de março de 2013

AQUELE QUE FAZ A DIFERENÇA

                                                                     Mc 6, 1 - 6 


Jesus partiu dali. Ele vem para sua pátria, e seus discípulos o seguem. No dia de sábado, pôs-se a ensinar na sinagoga. Numerosos ouvintes impressionados diziam: “Donde lhe vem isso? E que sabedoria é esta que lhe foi dada, a ponto de se realizarem até milagres por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? E suas irmãs não estão aqui entre nós?” E era para eles uma ocasião de queda. Jesus lhes dizia: “Um profeta só é desprezado em sua pátria, entre os seus presentes e em sua casa”.   
Com a imagem nós percebemos que os seus estavam expulsando Jesus da cidade, pois não aceitavam a sua  diferença, a sua sabedoria. Quem entre nós já não sentiu vontade de expulsar aquele cara da reunião porque sabia de demais, quem entre nós já não criticou aquele jovem pela sua forma de se vestir, quem entre nós não tem um parente em casa e diz que já não aguenta mais.
Certa vez estava eu em uma reunião comunitária e lá entre nós se encontrava uma mocinha bem magrinha, moreninha e tinha um aspecto bem humilde. Conversávamos com as lideranças locais sobre a questão das políticas públicas do bairro, de que forma cobraríamos do poder publico melhorias para comunidade, e num certo momento ela levantou a mão e deu sua opinião a respeito, eu percebi que algumas pessoas balançavam a cabeça como um gesto de reprovação, como se dissesse: "Olha essa aí, não entende de nada e fala besteira".
Aquele gesto das pessoas me deixou muito chateado, e eu me perguntava! Ela não tem o direito de dar sua opinião? Ela também não é membro de uma comunidade? Então, por que sua opinião não é respeitada? Na hora não levantei este questionamento, pois poderia causar constrangimento para pessoa, mas, isso nos mostra o quanto de preconceito ainda enfrentamos na nossa sociedade.
A reunião terminou e ainda permaneci no local por quase  duas horas. Qual foi a minha surpresa ao chegar no terminal duas horas depois e me deparei com aquela moça da reunião sentada no banco com um senhor de idade passando mal, eu me aproximei e perguntei o que estava acontecendo. Ela me respondeu que estava aguardando alguém da família para levar o velhinho e que não ia deixa-lo sozinho, eu fiquei sem saber o que fazer, aquela mocinha, magrinha, humilde, estava me dando uma lição de vida. 
Quando vejo que na reunião todos reprovavam sua opinião, eu me pergunto! Será que algum de nós tomaria a mesma atitude que ela tomou? Estaria no lugar dela aguardando os familiares daquele pobre homem, não importando a hora que a família chegasse? Para mim ela foi maior do que todas as pessoas que se encontravam naquela reunião, eu imagino que várias pessoas também viram aquele homem no terminal, mas talvez não tenham tido coragem de tomar a atitude que ela tomou. Me veio a lembrança agora da parábola do "Bom Samaritano", que Jesus contou a seus discípulos .      
É isso, meus caros leitores, vamos respeitar as diferenças das pessoas, ser diferente não quer dizer ser excluído, ser diferente é "uma forma de sentir o mundo a sua maneira". Se você também passou por uma experiência parecida, conte pra nós, fale sobre o que acha por que "somos todos diferentes".
Até a próxima !